Por padrão, todas câmeras digitais produzem imagens no formato JPEG. Com isso os arquivos são menores (e você pode colocar mais fotos no cartão de memória).
O que acontece na câmera digital no exato momento da exposição é um processo físico envolvendo sensores fotossensíveis, que ao receberem luz irão gerar energia elétrica.
Tanto os sensores CCD (coupled-charge device – dispositivo de carga acoplada) quanto CMOS (complementary metal oxide semiconductor - semicondutor de óxido metálico complementar) funcionam dessa mesma forma.
Cada um dos milhões de pixels que compõem o sensor recebe – quando o botão é pressionado – uma quantidade de luz e a partir disso, gera um sinal que será enviado a um processador.
Em frações de segundo, este processador interpreta os sinais enviados por cada pixel, e cria um mapa de todos os pontos. Esse mapa é a imagem obtida pelo sensor.
Na maioria das câmeras, durante a interpretação dos dados enviados pelos pixels, o processador da câmera já aplica também diversos filtros e efeitos no mapa, gerando uma foto previamente tratada. Quando isso ocorre, o arquivo criado é normalmente salvo em formato JPEG.
O arquivo sofre uma compressão!
A compressão JPEG é “lossy”, ou seja, perde-se qualidade de imagem quando ela é gravada. Para um usuário doméstico a diferença é mínima, mas os profissionais não podem admitir nenhuma perda.
É aí que entra o RAW!
Um formato que simplesmente grava todas as informações do sensor de imagem em um arquivo sem qualquer forma de compressão, tratamento ou processamento.
O nome vem da palavra em inglês para “cru”, pois é exatamente isso que acontece.
A imagem é processada de nenhuma forma.
RAW fornece imagens de qualidade muito superior.
Ao invés de uma imagem JPEG que foi criada no processador da câmera, o arquivo RAW é um banco de dados enorme, contendo toda a informação captada pelos milhões de pixels do sensor da câmera, sem nenhuma alteração.
Com isso, você pode aplicar todo o tratamento descrito ali em cima no seu computador, que é muito mais potente que o processador da câmera.
É bom lembrar que nem todas as câmeras podem fotografar em RAW, somente as semi-profissionais e profissionais costumam ter essa opção.
Muitas DSLRs e algumas câmeras point-and-shoot mais sofisticadas permitem fotografar em RAW, o que dá aos usuários muito mais controle sobre a imagem durante o processo de edição, mas também signitica que o tamanho dos arquivos será muito maior.
Não existe uma convenção de qual é a extensão de um arquivo RAW, por isso você vai encontrar várias diferenciadas pelo fabricante do equipamento: a Canon, por exemplo, utiliza a extensão .crw ou .cr2, a Nikon utiliza a extensão .nef ou .nrw.
Vantagens:
- Qualidade: a qualidade do RAW é indiscutivelmente maior.
- Para criação de HDRs é interessante fotografar em RAW para resultados ainda mais realistas e de qualidade
- Editabilidade: editar um foto em RAW é maravilhoso, pois quase não perde-se qualidade. Você poderá editar, por exemplo, o balanço de branco utilizado na hora da foto, sem perda nenhuma de qualidade: isso acontece porque você não está editando “meros pixels” e sim o negativo da foto. Mexer na exposição e na recuperação de pontos estourados de luz também fica muito mais fácil quando se fotografa em RAW.
Desvantagens
- Tamanho: o tamanho do arquivo é incrivelmente maior do que um arquivo em JPEG. Um arquivo RAW tem em média 3x o tamanho de um JPEG na máxima qualidade.
- O controle sem perda de qualidade é diretamente proporcional ao tamanho, bem maior, que a foto "crua" vai ocupar em disco
- Velocidade: por ser um arquivo grande demora mais para ser processado na câmera.
- Necessidade de Pós produção: o arquivo RAW não é uma imagem por si só, para visualizar é necessário um aplicativo. Na hora de imprimir, divulgar ou subir na internet você vai precisar transformar esse arquivo em um formato mais amigável como o JPEG, TIFF ou PNG.
Até a próxima semana!
Fontes de pesquisa:
http://www.tecmundo.com.br/imagem/2815-o-que-e-o-formato-de-imagem-raw-.htm
http://www.guiky.com.br/2009/10/page/8
http://clubephoto.blogspot.com.br/2010/06/fotografia-em-raw-o-negativo-digital.html